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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Precisamos falar sobre o fim do ano.

Clichê, não é?
E se eu disser "Então é natal e o que você fez"? Querem correr? É a hora, pois continuo clichê.
A verdade é que todos os dias não faltam reclamações de 2016 e não é sem motivo. Bora combinar que este está sendo um ano do "tinhoso". Tivemos como saldo golpe politico, violência declarada, morte e mais mortes, e a gente reclamou e reclamou, dá lhe atualizações no facebook, dá lhe declarar nosso azar, dá lhe reclamar;
E se eu disser que política sempre foi um jogo sujo? Que violência nunca foi escondido, a gente é que ficava na bolha? Que só morre quem esta vivo e ninguém fica pra sempre? Que a "má sorte" trouxe tempo, espaço, reflexão e possibilidades?
Otimismo? talvez!
Mas estou tendenciada a achar que é mais uma forma de ver as coisas pelo os dois lados, para não me deixar cair na tentação de só reclamar; pois a vida também não foi nada fácil para essa que vos escreve.
Mas vem cá, dá uma olhada aí em volta, nada valeu a pena mesmo? Nada te fez  pensar que VOCÊ pode ser melhor?
Eu começo a achar que nosso mal é esperar um mundo melhor, pessoas melhores, dias melhores, momentos melhores; mas... quando é que a gente vai ser melhor, também, para acompanhar esse monte de melhorias? Final de ano é quase inevitável fazer aquela reflexão de como foi o ano e aquela mentalização de como será o próximo ano.
Me too, babys!
Sim, dessa vez eu fiz mesmo! E fiz assim, uma coisa grande, do tipo:
O que foi esse ano com tanta maldade e tudo dando errado? E as pessoas que ficaram no caminho, mesmo que eu as ame com loucura? E os discursos que leio e desprezo, mesmo sendo de pessoas que gosto? Quem eu era, sou, quero ser.? E tudo aquilo que eu digo, que professo, que acho tão coerente, mas que não tem nada a ver com quase ninguém que não seja eu mesma?
Minhas meras conclusões são:
O ano foi aquilo que fizemos dele, escolhas, luta e labutas, tentativas, erros e acertos. A maldade estava fora e dentro de nós. A vivemos e a causamos. Foi escolha e consequência, nossa responsabilidade. Que a liberdade seja nossa substância! E o seja em todos os dias.
Quem ficou no caminho escolheu ficar, escolheu estar distante, escolheu cortar os vínculos e me doeu tanto, que mesmo eu dizendo que estava tudo bem, não estava. A dor era latente. Mas agora, no final, eu entendi. Aceito essas decisões. Simplesmente não há mais espaço para essas pessoas na minha vida e elas fizeram a gentileza de sair. Amor é travessia! Essa fase foi atravessada.
Os discursos que leio e desprezo por não me dizerem nada, nem foram escritos para mim. São de pessoas maravilhosas que ainda poderão se desconstruir (ou não), mas que apesar de ainda não terem uma visão abrangente de uma serie de coisas, não são menos importantes nem menos inteligentes. Então, se os discursos não são para mim, se não me dizem respeito e se não me agregam nada, para que eu os leio, ouço, acompanho? Me cabe simplesmente não estar lá e caçar os lugares que me servem. Leveza é uma escolha! Está escolhida aqui.
Quem eu era não me veste mais, Quem eu sou é a verdade de tudo o que eu sinto e aprendo. Quem eu serei é o casamento do que eu digo com o que eu faço, ainda que me doa de vez em quando. O que eu professo é o que me cabe e não quero que seja verdade ou manual para outrem, mas quero que carregue aquilo que eu sou; e que mesmo dito aos ventos, que seja aquilo que me representa de fato, para que eu não me arrependa de ter proferido. Felicidade é só questão de ser! E eu sou, simples assim.


Beijos Azuis!
Feliz ano novo e até logo!



Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
Para ler mais,e ver por onde ha traços meus. clica AQUI.

2 comentários:

  1. Aplaudindo de pé. Te amo e amei o que escreveu.
    Te deixo então essa música. Seu texto me lembrou tanto ela... https://www.youtube.com/watch?v=PpADelD4-5E

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