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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Dias de luta

Enquanto assistia a um dos tantos jogos nessa Olimpíadas, que acontecem no nosso país este ano pude associar a tantas coisas e sentimentos que pulsam involuntariamente.

Tenho a consciência de tantas coisas que envolvem nosso país neste momento, mas não serei hipócrita em dizer que não me permiti sentar tantas vezes para torcer pela nossa seleção, seja no Handebol, Vôlei e me reunir com as amigas para assistirmos ao jogo de futebol feminino que brilhou naquela noite e que sempre brilhará independentemente dos próximos resultados.  

Durante a semana tantos outros jogos aconteceram, mas não com o mesmo final,  não com o mesmo resultado esperado e desde então algumas coisas mudaram de figura e tudo isso me fez pensar em quanto estamos preparados para perder. 

No fundo, no fundo acredito que na vida nos preparamos para ganhar,  mas também acredito que não ter o que se espera não é necessariamente perder.

A platéia quer o resultado esperado por ela e quando concentramos a nossa conquista apenas nessa pode acontecer a frustração, porque a platéia quer mais, a platéia muitas vezes não sabe o caminho que percorremos até chegar até ali. A sensação de decepcionar a torcida dói,  traz peso e o sofrimento fica ainda maior.

Como eu mesma deixei registrado para
a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino, não é um título que não veio neste momento que tira a majestade, pois são rainhas.  Um título não conquistado não apaga um passado de lutas e glórias.

Em algum momento na vida será necessário sentar, ficar de fora, avaliar e quando voltarmos para o jogo será de novo com a nossa energia e com a mesma vontade de ganhar.

É preciso aconchego quando as coisas não saem da forma que nos preparamos para ser. É preciso tempo e discernimento para perceber que o mesmo que os olofotes não sejam focados para nós o passado não se apaga.

O que faz um campeão é mais que subir ao podium e sim todo o caminho que percorremos.

Por Renata







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