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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O Silêncio dos Céus

Esse é o título de um filme que eu não assisti ainda e na verdade não sei do que fala, mas, veio de encontro ao meu pensamento. 

Acredito que a vida continua em algum lugar quando a vida acaba aqui, isso me conforta, me faz viver com alegria e me dá a esperança de que um dia reencontrarei aqueles que partiram e que amo (espero que demore esse reencontro, mas espero que aconteça). Mas antes disso acontecer fico pensando que talvez fosse menos doloroso ou houvesse menos saudade se o silêncio do céu pudesse ser quebrado, uma vez por ano, talvez como presente de Natal, de aniversário,  um presente qualquer em qualquer dia. Mas seria um presente se pudéssemos escolher com quem falar.  Não avaliei nenhum fato, só pensei no fato de quebrar o silêncio e diminuir a saudade apenas. 

Depois pensei em quanto silêncio temos dentro de nós, daqueles que não temos coragem de dizer nem para nós mesmos, para a melhor amiga ou para a terapeuta. 

Se acreditar que existem Deusas, algo superior, oniciente, então esse silêncio é quebrado, pois no além alguém sabe. Se sabe mesmo não foi eu quem contou. Sabe por si só. 

Das culpas que não temos, das mágoas que tivemos, dos amores que vivemos ou dos que não vivemos.  O silêncio. Do grito de socorro que não foi possível gritar e depois ninguém acreditou que era perigo, a culpa então era sua, se não gritou foi por que gostava. "Quem cala, consente". Não! Nem sempre. 

O silêncio que se estabelece involuntariamente para manter a aparência da boa família e bons costumes. 
Toda família tem um silêncio para guardar.  Todas as pessoas têm. 

O silêncio da chegada e o da partida.
O silêncio daquilo que tanto doeu, mas que pode doer tão mais no outro que o melhor é silenciar,  afinal palavras podem ter respingos em quem não têm a culpa.

O silêncio dos olhos apaixonados.

Aquele que traz arrependimento quando não tivemos coragem de quebra lo para dizer algo tão importante, demonstrar de amor, carinho ou respeito. 

As vezes é possível entender quando alguém grita. Pode ser que para esse a quebra do silêncio seja tão difícil, que se deixar o impulso passar, passará também a coragem de dizer,  de expulsar, de deixar fluir o que é bom e ou o que não é. 
 
Ele é válido e pode ser quebrado se assim quiser, se assim for necessário.

Para reorganizar pensamentos e sentimentos, reviver bons momentos, se despedir ou receber.  Se dosado o silêncio é um aliado. 
Para uma memória, o respeito ou reverência, para chorar, lamentar ou recomeçar se faz tão essencial. 

Para o silêncio que jamais será possível quebrar dentro de cada um, um minuto de silêncio. 

Por: Renata





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