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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Encanto

Eu que sou amante das palavras, havia perdido o encanto após libertar-me da tempestade de areia, daquela que fez da visão, turva e dolorosa. 

Logo eu, que amante da vida perdi o medo da chuva de julgamentos que caíram sobre meus ombros com o peso quase insuportável? Ou... Porquê não eu, pobre mortal insana que largou ao vento todo o seu esforço de voltar a presença do enfurecido e vingador onipotente, há quem o homem pintou sobre a tela para esconder suas próprias fraquezas?

Não, não estava perdido o encanto pelas palavras, pensei então! Estava guardado dentro de mim, de forma que não poderia mais escrever, apenas viver. Escrever a própria história, se reinventar, sem pintar em qualquer papel, apenas naquele que a memória dos bons será capaz de revelar depois de todas as primaveras que puderem desfrutar.

Após a longa caminhada pelo deserto a tempestade sessava, mas não há tempo de perceber o abismo que estava ali. E não havia chão aos meus pés, mas ainda havia a escolha: cair ou voar?

Por Renata

2 comentários:

  1. Quem se liberta da tempestade de areia, perde o medo da chuva de julgamentos, não perdeu o encanto pelas palavras e reinventa a propra história já tem asas enormes e pode alçar um belo vôo! Lindo texto, Rentinha.

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  2. Quem se liberta da tempestade de areia, perde o medo da chuva de julgamentos, não perdeu o encanto pelas palavras e reinventa a propra história já tem asas enormes e pode alçar um belo vôo! Lindo texto, Rentinha.

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