Translate

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Sobre LET IT BE!!




Ontem tive uma longa conversa com uma amiga, uma das melhores amigas. daquelas conversas de Mariah. Digo o que penso e como penso e ouço igual, e por vezes é bem dolorido, mas o que é a amizade senão verdades e amor em enxurrada?!
O fato é que essa minha amiga e nossas longas conversas, que podem durar dias e usar todos os canais de comunicação DO MUNDO, me levam a grandes reflexões.
Nós usamos a frase “let it be” como um mantra, quando a coisa já degringolou, quando não há solução possível, quando não há forças. Às vezes a gente só tem que deixar que seja mesmo. Fim.
Dá-se que ontem, quando ela me repetiu pela enésima vez o tal let it be, na mesma conversa, eu deixei ser. Deixei que me descesse o entalo na garganta, deixei que desanuviasse minha raiva contida, deixei que escorresse, pela ponta dos dedos, o “veneno” do que eu achava injusto. Ora vamos, quem sou eu para julgar uma vida que não me pertence? Quem sou eu para dizer que a isso perdoe e aquilo não?
Quase me acusei, mas dei , a mim, o direito de confundir emoções e ali mesmo me perdoei. Mesmo sabendo que de boas intenções o inferno anda cheio, elas ainda carregam o seu valor.
Eu, que vivo dizendo que não nasci para ser mãe, embora já o seja e muito bem, obrigada; tenho um instinto maternal maior que eu mesma, então a qualquer mudança ou magoa entre os que amo, já vou querendo saber, defender, conciliar.
Pode parecer legal, mas olha, acredite, não é!
Espaço para ser, para escolher, para errar e para acertar é essencial. Não há instinto maternal, amizade, amor que caiba nesse lugar de escolha do outro. Não há explicação de cuidado que caiba nesse cantinho, onde só pode pertencer ao outro. E isso é importante para seguir adiante, e aqui eu falo de mim (de nós), não da amiga não da outra pessoa.
Outro dia, após notar uma mudança e um silêncio sepulcral de um amigo, ousei questionar. na minha cabeça era cuidado, ao ser respondida com certa grosseria (não atípica para o tal amigo) me toquei que havia cometido um grave erro, havia invadido um espaço que não me cabia.
Não podemos ser importantes e nem impor presença para quem não nos quer perto ou importantes, ainda que seja apenas naquele momento. Amizade não esta em impor presença, talvez em aconselhar... Mas só, e bem talvez mesmo.
O fato é que precisamos mesmo “deixar que seja”, o sentimento que for, a atitude que for, a ação que for, a escolha que houver.
Quando escolhemos não somos vitimas! 
Então, reflexão feita: viva e deixe viver, e o resto é vida que segue!.


Let it be!!


Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
Para ler mais,e ver por onde ha traços meus. clica aqui, vai te levar ao facebook.

4 comentários:

  1. Só tenho a dizer que te amo! Maravilhosa reflexão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom, querida! Let it be!
      Que seja seu norte, assim como foi o meu. o mais importante é que o coração siga limpo, o resto o tempo ajeita.
      Te amo também, muito!

      Excluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Let it be, porque cada um precisa sentir suas escolhas na vida. Não é fácil amar, estar próximo, antever e resistir sereno, respeitando o tempo, as decisões e os sentimentos do outro. Let it be é aprendizado, também, para quem respeita o amor.

    ResponderExcluir