Ontem tive uma longa
conversa com uma amiga, uma das melhores amigas. daquelas conversas de Mariah.
Digo o que penso e como penso e ouço igual, e por vezes é bem dolorido, mas o
que é a amizade senão verdades e amor em enxurrada?!
O fato é que essa minha
amiga e nossas longas conversas, que podem durar dias e usar todos os canais de
comunicação DO MUNDO, me levam a grandes reflexões.
Nós usamos a frase “let it
be” como um mantra, quando a coisa já degringolou, quando não há solução possível,
quando não há forças. Às vezes a gente só tem que deixar que seja mesmo. Fim.
Dá-se que ontem, quando
ela me repetiu pela enésima vez o tal let it be, na mesma conversa, eu deixei
ser. Deixei que me descesse o entalo na garganta, deixei que desanuviasse minha
raiva contida, deixei que escorresse, pela ponta dos dedos, o “veneno” do que eu
achava injusto. Ora vamos, quem sou eu para julgar uma vida que não me pertence?
Quem sou eu para dizer que a isso perdoe e aquilo não?
Quase me acusei, mas dei , a mim, o direito de confundir
emoções e ali mesmo me perdoei. Mesmo sabendo que de boas intenções o inferno
anda cheio, elas ainda carregam o seu valor.
Eu, que vivo dizendo que
não nasci para ser mãe, embora já o seja e muito bem, obrigada; tenho um
instinto maternal maior que eu mesma, então a qualquer mudança ou magoa entre
os que amo, já vou querendo saber, defender, conciliar.
Pode parecer legal, mas
olha, acredite, não é!
Espaço para ser, para
escolher, para errar e para acertar é essencial. Não há instinto maternal,
amizade, amor que caiba nesse lugar de escolha do outro. Não há explicação de
cuidado que caiba nesse cantinho, onde só pode pertencer ao outro. E isso é
importante para seguir adiante, e aqui eu falo de mim (de nós), não da amiga
não da outra pessoa.
Outro dia, após notar uma mudança e um silêncio sepulcral de um amigo, ousei questionar. na minha cabeça
era cuidado, ao ser respondida com certa grosseria (não atípica para o tal
amigo) me toquei que havia cometido um grave erro, havia invadido um espaço que
não me cabia.
Não podemos ser importantes e nem impor presença para quem não nos
quer perto ou importantes, ainda que seja apenas naquele momento. Amizade não
esta em impor presença, talvez em aconselhar... Mas só, e bem talvez mesmo.
O fato é que precisamos mesmo “deixar que seja”, o sentimento que
for, a atitude que for, a ação que for, a escolha que houver.
Quando escolhemos não
somos vitimas!
Então, reflexão feita: viva
e deixe viver, e o resto é vida que segue!.
Let it be!!
Escrito por Mariah Alcântara
Publicado originalmente no Blog Flor do dia: Coletivo do Bonde
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Só tenho a dizer que te amo! Maravilhosa reflexão.
ResponderExcluirQue bom, querida! Let it be!
ExcluirQue seja seu norte, assim como foi o meu. o mais importante é que o coração siga limpo, o resto o tempo ajeita.
Te amo também, muito!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLet it be, porque cada um precisa sentir suas escolhas na vida. Não é fácil amar, estar próximo, antever e resistir sereno, respeitando o tempo, as decisões e os sentimentos do outro. Let it be é aprendizado, também, para quem respeita o amor.
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